O que é Resseguro? Entenda a Importância deste mecanismo e como aprender

O resseguro é uma ferramenta essencial que protege seguradoras e amplia a capacidade de cobertura no país. Mas o que exatamente é o resseguro, e por que ele importa tanto? Vamos entender o conceito, seu funcionamento, importância e como a formação adequada, como a oferecida pela ENS, pode preparar profissionais para dominar essa área em constante evolução, especialmente a partir de 12 de junho de 2025.

O que é Resseguro?

O resseguro é um mecanismo pelo qual uma seguradora (cedente) transfere parte de um risco ou de uma carteira de apólices para outra empresa, chamada resseguradora, para reduzir sua exposição financeira e garantir a solvência em caso de sinistros de grande proporção. Em essência, é um “seguro do seguro”, que permite às seguradoras assumir riscos mais altos ou diversificados, como catástrofes naturais ou apólices corporativas de alto valor.

No Brasil, o resseguro é regulado pela SUSEP desde a abertura do mercado em 2007, que permitiu a entrada de resseguradoras locais e internacionais, como a IRB Brasil RE e a Munich Re. Diferente de um seguro tradicional, o resseguro não é vendido diretamente ao consumidor, mas atua nos bastidores, sustentando a capacidade das seguradoras de oferecer proteção. Por exemplo, após um grande sinistro como enchentes, uma resseguradora pode cobrir parte das perdas, evitando que a seguradora entre em colapso financeiro.

A operação envolve conceitos como retenção mínima obrigatória (parte do risco que a cedente deve manter) e retrocessão (quando a resseguradora repassa risco a outra empresa), sendo um processo complexo que exige análise técnica e estratégica.

Como Funciona o Resseguro?

O resseguro opera por meio de contratos específicos que definem as condições de transferência de risco. Existem dois modelos principais:

• Resseguro Proporcional: A seguradora e a resseguradora dividem o risco e o prêmio (valor do seguro) em proporções acordadas. Por exemplo, em um seguro de R$ 10 milhões, a cedente pode reter 20% (R$ 2 milhões) e transferir 80% (R$ 8 milhões) à resseguradora.
• Resseguro Não Proporcional: A resseguradora cobre perdas acima de um limite predefinido, como sinistros que excedam R$ 5 milhões em um evento catastrófico, sendo comum em apólices de grande escala.

O processo começa com a avaliação do risco pela seguradora, seguida pela negociação com a resseguradora, que analisa dados como histórico de sinistros e exposição geográfica. Ferramentas de inteligência artificial (IA) estão revolucionando essa etapa, permitindo análises preditivas de riscos e otimizando a estrutura dos contratos. Após a assinatura, a resseguradora assume a responsabilidade proporcional em caso de sinistro, garantindo a continuidade das operações da cedente.

Importância do Resseguro para o Mercado de Seguros

O resseguro é a espinha dorsal que sustenta a resiliência e o crescimento do mercado de seguros. Seus benefícios são múltiplos:

• Estabilidade Financeira: Permite que seguradoras enfrentem sinistros de grande impacto, como desastres naturais, que em 2024 causaram perdas estimadas em R$ 5 bilhões, per CNseg, sem comprometer sua solvência.
• Expansão da Cobertura: Ao transferir riscos, as seguradoras podem oferecer apólices para segmentos de alto risco, como aviação ou energia, ampliando o acesso a seguros no Brasil.
• Concorrência e Inovação: A presença de resseguradoras internacionais e locais, como a Swiss Re, fomenta a competição, incentivando a criação de produtos inovadores, como microseguros.
• Proteção ao Consumidor: Garantindo a capacidade financeira das seguradoras, o resseguro protege os segurados contra a incapacidade de pagamento em casos extremos.

Com o uso crescente de IA para modelagem de riscos e a digitalização dos processos, o resseguro está se tornando mais eficiente, permitindo que o setor acompanhe a demanda por coberturas personalizadas, como seguros cibernéticos, que cresceram 20% em 2024.

Impacto do Resseguro

O resseguro influencia diversos aspectos e regiões do mercado de seguros:

• Grandes Centros: Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, que concentram 60% das vagas do setor, são hubs para resseguradoras que lidam com apólices corporativas e industriais.
• Regiões de Risco: Áreas propensas a desastres, como o Sul e o Sudeste, dependem de resseguro para cobrir eventos como enchentes e incêndios florestais.
• Setores Específicos: Ramos como agronegócio e infraestrutura, que demandam coberturas de alto valor, são fortemente apoiados por resseguradoras.
• Insurtechs: Startups utilizam resseguro para oferecer produtos inovadores, como seguros sob demanda, ampliando a inclusão financeira.

Formação sobre Resseguro

Em um mercado onde o resseguro é a engrenagem que mantém o sistema girando, estar atualizado e preparado é mais do que uma vantagem – é uma necessidade. A complexidade dos contratos, a evolução tecnológica e as exigências regulatórias demandam profissionais capacitados para navegar por esse universo.

A Escola de Negócios e Seguros (ENS) oferece formações específicas que equipam os alunos para enfrentar esses desafios:

Oportunidades

O resseguro não é apenas um suporte invisível; é o alicerce que sustenta a ousadia do mercado de seguros, permitindo que ele alcance novos céus de proteção e inclusão. Longe de ser um mero mecanismo financeiro, ele é a ponte que conecta riscos a soluções, desafiando profissionais a mergulharem em sua complexidade com maestria. Para os que se aventurarem nesse campo, a recompensa é a chance de moldar um setor em ascensão, onde cada contrato bem estruturado é um passo rumo a um futuro mais seguro.