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Crescimento do Mercado de Seguros no Mundo

O mercado global de seguros tem mostrado resiliência e crescimento consistente nas últimas décadas, impulsionado por fatores como aumento da conscientização sobre riscos, urbanização, avanços tecnológicos e expansão das economias emergentes.

Décadas de 1990 e 2000: Durante esse período, o mercado global de seguros experimentou uma expansão significativa, especialmente em países desenvolvidos como Estados Unidos, Japão e Europa Ocidental, que historicamente dominam o setor. A liberalização de mercados em economias emergentes, como China e Índia, também começou a ganhar força, ampliando a base de clientes. Segundo estimativas históricas da Swiss Re, o crescimento médio anual dos prêmios de seguros globais entre 1990 e 2010 variou entre 3% e 5%, ajustado pela inflação, refletindo um aumento constante da demanda por proteção financeira.

2010 a 2020: A década de 2010 foi marcada por desafios como a crise financeira de 2008-2009, que temporariamente desacelerou o crescimento, mas também por uma recuperação robusta. O avanço das insurtechs (startups de tecnologia no setor de seguros) trouxe inovação, como apólices personalizadas e processos digitais, contribuindo para um crescimento médio anual estimado em cerca de 3,6% (Allianz Global Insurance Report, 2022). A pandemia de COVID-19 em 2020 destacou a importância dos seguros de vida e saúde, acelerando a digitalização e elevando a arrecadação global para cerca de 4,2 trilhões de euros em 2021, um aumento de 5,1% em relação a 2020.

2020 a 2024: Nos últimos anos, o mercado global continuou a crescer, com projeções indicando uma taxa média anual de 4,8% até 2030 (Allianz Trade). Em 2024, o setor foi impulsionado por riscos emergentes, como mudanças climáticas e cibersegurança, que aumentaram a demanda por seguros patrimoniais e cibernéticos. Economias desenvolvidas mantêm uma participação superior a 10% do PIB em seguros, enquanto mercados emergentes, como o Brasil, estão em ascensão, mas ainda abaixo desse patamar.

Crescimento do Mercado de Seguros no Brasil

No Brasil, o mercado de seguros tem crescido acima da média global nas últimas décadas, refletindo o potencial de um país com baixa penetração de seguros (apenas 6,2% do PIB em 2023, contra 11-12% em nações desenvolvidas). Esse crescimento é impulsionado por fatores como aumento da renda, conscientização sobre proteção financeira e marcos regulatórios.

Décadas de 1990 e 2000: No início dos anos 1990, o mercado brasileiro de seguros era incipiente, com participação no PIB abaixo de 2%. A abertura do mercado à iniciativa privada no final dos anos 1990 e a criação da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) como reguladora fortaleceram o setor. Entre 2000 e 2010, o crescimento anual médio foi de cerca de 10%, segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), com destaque para seguros de automóveis e previdência privada.

2010 a 2020: Essa década viu uma aceleração, com o setor crescendo a taxas de dois dígitos em vários anos. Em 2011, a arrecadação ultrapassou R$ 100 bilhões pela primeira vez. A pandemia de 2020 causou uma leve desaceleração (crescimento de 1,3%), mas a recuperação foi rápida: em 2021, o setor movimentou R$ 306,4 bilhões (sem saúde suplementar), com alta de 11,9%. Segmentos como seguro de vida (+17%) e patrimonial ganharam destaque devido à maior percepção de riscos.

2020 a 2024: Nos últimos anos, o mercado brasileiro consolidou uma trajetória de expansão. Em 2022, o crescimento foi de 17,1% (sem saúde), alcançando R$ 358,8 bilhões, segundo a CNseg. Em 2023, a arrecadação total (incluindo saúde) atingiu R$ 660,5 bilhões, ou 6,2% do PIB. Para 2024, dados da SUSEP mostram um crescimento de 12,2% no acumulado do ano, totalizando R$ 435,56 bilhões, com alta real de 7,6% (descontada a inflação). Segmentos como VGBL (+16,3%), seguros de danos e capitalização (+6,1%) foram destaque. A projeção da CNseg aponta para um crescimento de 11,7% em 2024 e 10% em 2025, com meta de alcançar 10% do PIB até 2030.

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Crescimento Profissional no Mercado de Seguros

O crescimento do mercado de seguros no Brasil tem impactos diretos no cenário profissional, com aumento no número de empresas, oportunidades de carreira e evolução salarial.

Crescimento das Empresas

• Nos últimos anos, o número de seguradoras no Brasil cresceu significativamente: em 2023, eram 135 empresas atuantes, um aumento de 10 novas players em três anos (SUSEP). Isso reflete a entrada de capital nacional e estrangeiro, como a Allianz, que vê no Brasil um mercado promissor.
• As insurtechs também revolucionaram o setor, trazendo modelos inovadores e ágeis. Empresas como Pier e Thinkseg cresceram oferecendo seguros sob demanda, enquanto gigantes tradicionais investem em tecnologia para competir.
• Fusões e aquisições (M&A) estão aquecidas, com a Deloitte prevendo um aumento em 2024 devido à estabilização econômica, o que fortalece a consolidação do mercado e atrai investidores.

Oportunidades de Carreira

• O setor oferece oportunidades em diversas áreas: corretores, analistas de risco, desenvolvedores de produtos, especialistas em tecnologia (TI e IA), e gestores de sinistros. A digitalização ampliou a demanda por profissionais de dados e cibersegurança.
• A profissão de corretor de seguros segue essencial, com cerca de 110 mil registrados na Fenacor (2023). A capacitação em vendas consultivas e tecnologia é um diferencial, pois clientes buscam soluções personalizadas.
• Nichos em alta incluem seguros de crédito, garantia (para grandes obras) e cibernéticos, que cresceram 27,2% em 2023 (SUSEP). Esses segmentos exigem habilidades específicas e oferecem espaço para especialização.
• Programas como o “Sandbox Regulatório” da SUSEP incentivam inovação, criando oportunidades para empreendedores e startups no setor.

Crescimento dos salários

• Salários no setor variam conforme a função e experiência. Corretores iniciantes ganham entre R$ 2.500 e R$ 4.000 mensais (base 2024), mas comissões podem dobrar essa renda em poucos anos, especialmente em nichos como seguro empresarial.
• Analistas de risco e subscritores em seguradoras têm salários iniciais de R$ 5.000 a R$ 8.000, podendo ultrapassar R$ 15.000 com experiência, segundo dados do Glassdoor e consultorias de RH.
• Profissionais de TI no setor (como desenvolvedores para insurtechs) começam com R$ 6.000 a R$ 10.000, refletindo a valorização da tecnologia.
• Executivos seniores (diretores e gerentes) em grandes seguradoras podem atingir R$ 30.000 a R$ 50.000 mensais, com bônus atrelados a resultados. O crescimento salarial acompanha a expansão do mercado, mas exige qualificação contínua.

Panorama para quem deseja entrar ou crescer na área

Para quem considera uma carreira ou investimento no mercado de seguros, o cenário é promissor:

• Alta Demanda: O Brasil tem baixa penetração de seguros (6,2% do PIB em 2023), mas cresce acima do PIB há duas décadas, indicando espaço para expansão. Comparado a países desenvolvidos (11-12% do PIB), o potencial é imenso.
• Estabilidade e Crescimento: Mesmo em crises, o setor demonstra resiliência, como na pandemia, e oferece estabilidade para profissionais e investidores.
• Inovação: A digitalização e as insurtechs abrem portas para jovens profissionais e empreendedores, enquanto empresas tradicionais buscam se adaptar, criando um mercado dinâmico.
• Investimento Pessoal: Ingressar na área exige formação (como cursos da ENS – Escola de Negócios e Seguros) e habilidades em vendas, tecnologia ou análise de dados. O retorno financeiro cresce com especialização e networking.
• Investimento Empresarial: Para investidores, o setor oferece oportunidades em startups de insurtech, corretoras ou parcerias com seguradoras, com retorno atraente em um mercado em expansão.